Depois de a Direcção da Federação Portuguesa de Rugby (FPR) se ter recusado a aplicar de imediato o Acórdão do Tribunal Arbitral do Desporto, que deliberou que a sentença do Conselho de Disciplina e da Direcção da FPR, que penalizaram o Técnico com a despromoção ao último escalão do rugby nacional por uma alegada utilização irregular de atletas numa partida da fase regular da Divisão de Honra, é nula, a mesma Direcção da FPR encontrou agora mais um estratagema para tentar, a todo o custo, despromover o Técnico, eliminando definitivamente do mundo do rugby o clube que ostenta o título de Campeão Nacional.
Desta vez, trata-se de uma sinistra manobra administrativa decorrente do procedimento de fusão da antiga Secção de Rugby da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST) com o Clube de Rugby do Técnico (CRT) – como já aconteceu várias vezes com outros Clubes no passado – e que deu ocasião ao envio, por parte da AEIST, de uma carta de desfiliação, que teve origem no incumprimento do regulamento da FPR pela sua Direcção, e que foi prontamente revogada pela AEIST.
Uma Direcção de uma federação, que não se rege por uma agenda bem definida, limitar-se-ia a registar o facto e, naturalmente, a congratular-se com ele, em nome dos interesses do rugby português.
Todavia, a Direcção da FPR apressou-se, sem qualquer sentido ou independência, a não aceitar o pedido de revogação, para assim considerar o Técnico desfiliado e impedido de participar nas provas nacionais.
Ou seja, a Direcção da FPR, após ser dada total razão ao Técnico em Tribunal, retalia de imediato com uma desfaçatez hipócrita e impedindo um Clube, com 60 anos de existência e Campeão Nacional, de fazer parte das provas da mesma Federação, que deveria ter como missão principal defender os seus clubes associados.
O comportamento da Direcção da FPR demonstra, de forma inequívoca, que a mesma não está de forma alguma preocupada que, nesta sequência de decisões que nada têm a ver com os valores do Rugby, vá prejudicar a curto prazo a modalidade e todos os Clubes, pelos imbróglios sucessivos em que se está a meter e que podem levar ao adiamento sine die da próxima época, assim como a um inevitável pagamento de avultadas indemnizações.
É sintomático e revelador, devendo no futuro os responsáveis assumir os actos que agora validam, que seja a própria Direcção da FPR a tentar manipular administrativamente os factos, para eliminar um dos seus mais importantes associados por razões totalmente exteriores ao Rugby.
Porém, tal como aconteceu com a decisão do TAD, que era esperada e, de forma alguma, surpreendeu quem conhecia o processo, a Direcção do Técnico não tem qualquer dúvida de que tem a razão do seu lado e que, também aqui, no final, a verdade prevalecerá, permitindo que o Técnico mantenha o seu legitimo direito de participar no principal escalão do rugby português.
Clube de Rugby do Técnico,
A Direcção