Realizou-se na noite desta quarta-feira uma Assembleia Geral Extraordinária da Federação Portuguesa de Rugby onde, como não podia deixar de acontecer, os 60 delegados presentes reconheceram por unanimidade que o CR Técnico tem de ser reintegrado na principal divisão do rugby português, escalão de onde foi irregularmente afastado por decisão federativa na época 2021/22, quando defendia o título de Campeão Nacional.
Porém, de forma inusitada e insólita, foi colocado como condição para que uma Federação com Utilidade Pública Desportiva cumpra sentenças de tribunais portugueses, que um Clube que foi irregularmente penalizado, com óbvios e claros prejuízos, abdique daquilo que a Justiça já considerou, de forma inequívoca, ser de direito: o recebimento de valores indemnizatórios decorrentes de decisões ilegais e irregulares.
Perante isto, o CR Técnico, estando preparado para a imediata reintegração tal como foi decidido pelos tribunais, não irá abdicar daquilo que é, aos olhos de todos, uma evidência: a defesa dos seus direitos, que foram gravemente lesados.
Embora a FPR continue obstinada em ignorar e em incumprir decisões de três tribunais portugueses, o CR Técnico recorda que, há menos de um mês, o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa ordenou a imediata execução da decisão de Agosto de 2022 do Tribunal Arbitral do Desporto, confirmando a reintegração imediata do Clube, obrigando ainda a Federação e os seus dirigentes, ao pagamento de valores indemnizatórios, referentes às decisões ilegais que tomaram. O incumprimento desta sentença resulta em processo-crime, com as consequências decorrentes do mesmo.