Coimbra de Encantos Mil | 14/03/2019

Coimbra de encantos mil

Começo por dizer ser Coimbra uma cidade que muito admiro, pela sua história e tradição, mas também pela Académica, que, além de ter sido um clube muito diferente de todos os outros em muitas modalidades , granjeando adeptos de todas as paragens, tem também grandes tradições no Rugby, quer pela antiguidade, quer pelos seus títulos, sempre uma equipa de referência do nosso Rugby, com quem sempre foi duro jogar, mas com quem sempre tive excelentes terceiras partes, algumas tão memoráveis como os excelentes jogos que disputámos, dos quais guardo, sem qualquer    mágoa, algumas marcas corporais.

E vem-me isto à baila, numa fase em que me parece não estarem os seus actuais dirigentes a preocuparem-se com o desenvolvimento do seu clube no sentido da sua grandeza, antes mais interessados em usar expedientes para combater eventuais debilidades.

E não falo aqui, está em fase de apreciação, só na irregularidade infantil que conduziu ao protesto, mas à aparente necessidade de conseguirem árbitros de pouco nível e parciais, e aqui falo também dos auxiliares, para obterem resultados positivos.

Não deveriam precisar nem alinhar em situações que apenas os desprestigiam.

Mas aqui não são os culpados principais, pois que são os órgãos federativos e de arbitragem que tomam as decisões, a pressão sua concerteza, mas ao serviço de interesses desconhecidos.

Além do nosso justíssimo protesto, que os brilhantes juristas dos órgãos disciplinares traduzirão em nada, como de costume, a não ser que se trate do Técnico ou da minha pessoa em particular, gostaria de perceber como se pode conviver com esta desigualdade de critérios, que passo a expôr:

1. A Académica só ganhou 3 jogos em Coimbra, 2 arbitrados pelo sr. Miguel Sousa, outro pelo sr. Bruno Rodrigues, sobejamente conhecidos e que há muito  deveriam estar impedidos de arbitrar jogos de responsabilidade, tendo estes senhores “tocado” ao Técnico, Cascais e Cdul , respectivamente.

2. Nos jogos com Direito, Agronomia e Belenenses, em que perderam e perderam bem, tiveram os árbitros  Bernardo Caupers, com o Direito e Paulo Duarte com Agronomia e Belenenses.

Pergunto vivamente qual foi o critério, um destes dias iremos mostrar em detalhe as 28 faltas contra 10, os 3 amarelos a zero e os ensaios indevidamente anulados, embora em vão!

Quem cozinha isto?

E quem envia, ou diz que envia todos os árbitros para arbitrar no estrangeiro, especialmente se jogar o Técnico, com jogos importantes cá dentro?

Meus senhores, enquanto não resolverem isto não há verdade desportiva!

E envergonhar-me-ia de fazer parte de um órgão que permite isto, e, por agora, falarei apenas disto!

Quanto à Académica, espero que continue uma força do Rugby português, com uma formação alargada e equipas competitivas fortes, e que não precise de choramingar as facilidades de Lisboa, que em nada existem, antes pelo contrário, bem como de arbitragens de favor para ganhar os seus jogos.

O problema do Rugby  está na falta de rumo, na incompetência e nos arranjinhos de sucessivos executivos federativos, de arbitragem e disciplinares, e é contra isso que os clubes, principalmente os mais antigos e relevantes, deveriam lutar.

Pedro Lucas

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