O Técnico teve conhecimento nesta quinta-feira que o Tribunal Arbitral do Desporto deliberou que a sentença do Conselho de Disciplina e da Direcção da Federação Portuguesa de Rugby, que decidiram penalizar o Técnico com a despromoção ao último escalão do rugby nacional por uma alegada utilização irregular de atletas – alguns dos quais nem sequer constavam do Boletim de Jogo – numa partida da fase regular da Divisão de Honra frente ao CDUL, é nula.
Esta decisão do TAD era esperada e, de forma alguma, surpreende a Direcção do Técnico. Recordamos que no mês de Abril, em comunicado, expusemos a nossa posição de forma convicta e clara, afirmando, sem qualquer tipo de hesitação, que sabíamos ter a razão do nosso lado.
Dentro dos prazos regulamentares, o Técnico exerceu, numa peça extensa, o pedido de contraditório sobre a “Decisão Final” do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Rugby, seguro de ter cumprido escrupulosamente os regulamentos federativos, lamentando a tomada de posição federativa, apenas e só com o propósito de impor que se cumprissem determinações que não se enquadram nos seus regulamentos.
Recordamos que, não tendo a Direcção da Federação Portuguesa de Rugby tempo sequer para analisar a extensa documentação que apresentou em sua defesa, desclassificou o Técnico.
Quase cinco meses depois, o Tribunal Arbitral do Desporto anunciou o que era óbvio para quem conhecia, ou procurou conhecer, os regulamentos da Federação Portuguesa de Rugby: a razão está do lado do Técnico.
Esperamos agora que não hajam lugar a mais procedimentos dilatórios ou recursos inimagináveis perante esta peça de 64 páginas que tão bem escalpelizou todas as situações.
Perante esta decisão do Tribunal Arbitral do Desporto, que de forma alguma consegue reverter os incalculáveis prejuízos provocados à imagem e bom nome de uma Instituição com mais de meio século de existência que, por mérito própria, ostentava o título de Campeão Nacional, o Técnico espera que, em nome do bom senso e no cumprimento dos regulamentos, esta decisão judicial seja aceite e que a Federação Portuguesa de Rugby, que deverá retirar as suas ilações sobre o cumprimento dos seus regulamentos, reverta as suas decisões de forma tão célere como as que tomou numa madrugada de um sábado, colocando assim um ponto final num episódio que apenas serviu para manchar uma modalidade que deveria reger-se por valores exemplares.
A terminar, lamentando que alguns clubes tenham aproveitado este equívoco federativo para atropelar o que deveriam ser os valores do rugby, aliciando jogadores do Técnico, deixamos uma palavra de profundo agradecimentos aos jogadores, sócios e amigos do Clube, que não deixaram de apoiar o Técnico, mesmo durante meses difíceis, onde, embora soubéssemos que a razão estava do nosso lado, foi colocado em causa o bom nome da Instituição. A justiça, no entanto, foi reposta.
Lisboa, 18 de Agosto de 2022
Direcção, Conselho Geral e Mesa da Assembleia Geral do Clube de Rugby do Técnico