O final do encontro da 11.ª jornada da Divisão de Honra, que opôs o Técnico ao Belenenses, ficou marcado por factos com os quais o Técnico não se revê. Sem ser este o local indicado para avaliar quem é que provocou o início das escaramuças entre os atletas de ambas as equipas, é importante referir que episódios destes são prejudiciais à imagem de um desporto que se rege por valores nobres.
Como resultado do desentendimento entre jogadores, um elemento externo ao jogo, numa atitude irrefletida, mas reprovável, aproximou-se da equipa arbitragem, proferindo de seguida palavras que lamentamos, e pelas quais o autor, que não tem qualquer antecedente disciplinar numa longa ligação à modalidade, já pediu desculpa, reconhecendo o erro cometido.
Dito isto, é importante sublinhar que, antes do início da partida, o Técnico alertou as entidades responsáveis para os riscos inerentes à nomeação da equipa de arbitragem que esteve no Campo das Olaias.
Para a partida mais importante da 11.ª jornada da Divisão de Honra, o Conselho de Arbitragem da FPR optou por nomear um árbitro sem experiência em jogos da principal divisão do rugby nacional, tendo, ainda, escolhido dois auxiliares com antecedentes em encontros do Técnico – um dos casos tinha sido precisamente numa partida entre os dois clubes -, o que levou à apresentação de uma queixa pelo Técnico e a um pedido à FPR para que não voltassem a serem nomeados para jogos do Técnico.
A inexperiência do árbitro ficou bem notória em campo e levou a que este delegasse nos seus auxiliares todas as decisões importantes na partida, o que apenas serviu para acicatar os nervos dentro e fora do relvado, resultando no descontrolo final de alguns dos atletas dos dois clubes e, consequentemente, nas palavras dirigidas por um elemento externo que, em momento algum, tentou qualquer tipo de agressão – se o pretendesse fazer, não haveria qualquer barreira física que frustrasse essa “tentativa”.
Convém ainda sublinhar que a entrada em campo de um elemento externo ao jogo resulta, também, da inexperiência do árbitro, uma vez que o mesmo impediu que o “Comissário ao Jogo” que constava da ficha do jogo desempenhasse as suas funções durante toda a segunda parte, fazendo com que não existisse ninguém que zelasse por essas obrigações, num evidente incumprimento dos regulamentos federativos.
De todo o modo, apesar de todo um contexto dentro e fora do jogo que precipitou emoções e comportamentos menos refletidos, o Técnico pretende deixar claro que lamenta o que se passou na sua partida da 11.ª jornada, e que está disposto a colaborar de modo a que toda a verdade seja apurada, para que não se voltem a criar, como aconteceu neste jogo, condições para que as emoções sejam acicatadas e incendiadas por contextos que devem, para bem do rugby português, serem prevenidos e evitados.
Lisboa, 20 de Dezembro 2021
A Direcção