Comunicado na sequência da última decisão, da direcção da FPR, de alterar o comando das selecções seniores masculinas
Pareceram muito inoportunas as primeiras declarações do sr. Presidente da FPR à comunicação social, após as últimas prestações das selecções de sevens.
Primeiro afirmando que boa mesmo era a selecção feminina, a qual cumpriu a sua obrigação, e que era nesta que se deviam investir todas as verbas, quando antes nem conseguiu garantir competições nacionais com os níveis mínimos, limitando-as a dois meses por ano, e apenas em sevens, acabando praticamente com a modalidade, e isto quando apenas lhes falta agora um torneio “ missão impossível”, na repescagem mundial.
Quanto à selecção masculina, que foi uma das suas grandes apostas, no sentido de atingir os Jogos Olímpicos, o que até podia ter conseguido se a política desportiva tivesse sido outra, entendeu-se, pela omissão, que não era boa, como se fossem os jogadores os grandes culpados!
Depois, no culminar da solidariedade com a equipa que foi sempre a sua, o anúncio da substituição imediata dos responsáveis técnicos, parecendo querer a total desresponsabilização da sua política, culpando aqueles que têm vindo, bem ou mal, a executar o seu projecto, em consonância com a sua direcção.
A atitude correcta, e que revelaria humildade e bom senso, seria a de, ele próprio, e a sua direcção, pedir a demissão, por não ter cumprido o seu programa eleitoral, estar em fim de ciclo, e haver eleições dentro de dois meses.
Substituir treinadores agora, é condicionar desde já a futura direcção, e é mais uma tomada de posição com a falta de ética e de critério a que já nos habituou.